🐖 A importância da biossegurança na suinocultura
O controle de doenças em suínos é um dos maiores desafios enfrentados por criadores, principalmente em ambientes de produção intensiva. A presença de enfermidades compromete o desempenho dos animais, aumenta os custos com medicamentos, reduz a qualidade da carne e pode até inviabilizar economicamente a atividade. Por isso, a adoção de práticas de biossegurança não é apenas uma recomendação técnica, mas uma exigência para garantir a sanidade do rebanho e a sustentabilidade do negócio. A biossegurança atua como uma barreira física e sanitária contra a entrada e disseminação de agentes infecciosos dentro da propriedade.
🚫 Prevenção começa nos portões: controle de entrada
Um dos pilares da biossegurança é o controle rigoroso da entrada de pessoas, veículos e animais na área de criação. Visitantes devem usar roupas e calçados específicos ou descartáveis, e preferencialmente tomar banho antes de entrar nas instalações. Veículos que transportam ração, insumos ou animais devem ser higienizados e desinfetados, pois podem carregar vírus e bactérias nas rodas e carrocerias. Além disso, a criação deve estar isolada de outras propriedades com suínos, aves ou animais silvestres, que podem servir como vetores de doenças.
🧹 Higiene e limpeza: uma rotina obrigatória
A limpeza constante das instalações, comedouros e bebedouros é uma das formas mais eficazes de controlar a proliferação de microrganismos. O uso de desinfetantes apropriados e a adoção de um cronograma de higienização evitam a contaminação cruzada entre diferentes lotes ou fases de produção. O manejo dos dejetos também deve ser feito com cuidado, evitando o acúmulo de resíduos e a formação de ambientes favoráveis ao surgimento de pragas e doenças. O ideal é que cada fase do animal – leitões, crescimento e terminação – tenha espaços separados e de uso exclusivo.
💉 Vacinação e quarentena: proteção ativa e passiva
Outro aspecto fundamental é a imunização preventiva. O calendário de vacinação deve ser seguido rigorosamente, com vacinas aplicadas nas fases corretas e por pessoal treinado. Isso aumenta a resistência dos animais a doenças comuns, como a peste suína clássica, a circovirose, a diarreia epidêmica suína e a doença de Glässer. Além disso, qualquer novo animal que entre no plantel deve passar por um período de quarentena, geralmente de 21 a 30 dias, para observação e realização de exames clínicos. Essa medida simples evita a introdução de doenças silenciosas, que podem se espalhar rapidamente entre os suínos saudáveis.
🧑⚕️ Monitoramento contínuo e assistência técnica
O acompanhamento diário do comportamento e da saúde dos suínos permite identificar rapidamente qualquer sinal de problema, como febre, tosse, perda de apetite ou diarreia. O diagnóstico precoce é crucial para evitar a propagação da doença e iniciar o tratamento adequado. Ter o apoio de um médico veterinário é indispensável, pois além de orientar sobre prevenção e tratamentos, ele ajuda na elaboração de um plano sanitário personalizado para a granja. A biossegurança, portanto, não é uma ação isolada, mas um conjunto de práticas que devem ser monitoradas e atualizadas constantemente.
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