quinta-feira, 24 de abril de 2025

RELATO DA EXPERIENCIA DO SENHOR FERREIRA NA CRIAÇÃO DE SUINOS NO DISTRITO DA MOAMBA

Testemunhe o empenho e dedicação que transformaram essa criação em um exemplo de excelência. Desde a limpeza impecável até o engenhoso sistema de drenagem de esterco para fossas sépticas, cada detalhe reflete cuidado e conhecimento. Não perca a oportunidade de conhecer essa criação admirável!

 

Crédito: Pequeno criador de Moçambique

domingo, 20 de abril de 2025

COMO A TECNOLOGIA ESTA TRANSFORMANDO A CRIAÇÃO DE SUÍNOS

 

 

A era digital chega a suinocultura

Com o avanço da agricultura de precisão, a suinocultura também passou a incorporar tecnologias digitais que ajudam produtores a melhorar o controle da produção, a sanidade dos animais e os indicadores zootécnicos. 

Hoje, a criação de suínos pode ser acompanhada em tempo real por meio de sensores, aplicativos e softwares de gestão que facilitam o dia a dia do produtor. A digitalização das rotinas permite uma tomada de decisão mais rápida, baseada em dados concretos, reduzindo perdas e aumentando a eficiência do sistema produtivo.

 

 Softwares de gestão: organização e controle na palma da mão


 Os softwares e aplicativos de gestão rural tornaram-se ferramentas indispensáveis para suinocultores que desejam organizar sua produção de forma profissional. Esses programas permitem o registro detalhado de dados como nascimento, peso, alimentação, tratamentos, cobertura e partos. Com base nessas informações, o produtor pode planejar melhor as etapas da produção, identificar pontos críticos e realizar análises de desempenho por lote ou animal. Aplicativos como o Agro Manager, SuinoTech ou PigChamp são exemplos de soluções usadas por produtores em todo o mundo.

 

 Monitoramento automatizado dos animais

Outra inovação importante é o uso de sensores para monitoramento do comportamento e da saúde dos suínos. Com sensores colocados nas baias ou nos próprios animais, é possível detectar variações de temperatura, nível de atividade e até sinais precoces de doenças. Esses dados são enviados automaticamente para um sistema central, que alerta o produtor em caso de anormalidades. Esse tipo de monitoramento permite intervenções rápidas, reduzindo a mortalidade e aumentando o bem-estar animal.

 

 Inteligência artificial e previsões zootécnicas


Com o uso da inteligência artificial, alguns sistemas já conseguem prever ciclos reprodutivos, ganho de peso e até estimar o melhor momento para o abate com base em históricos anteriores e dados em tempo real. 

A IA também pode ser aplicada na formulação de dietas balanceadas, otimizando o uso de insumos e reduzindo custos com alimentação. Essa automatização das decisões técnicas torna a produção mais precisa, econômica e sustentável, mesmo em pequenas propriedades.

 

 Conectividade no campo e desafios para o futuro

Apesar de tantas inovações, o uso dessas tecnologias ainda enfrenta desafios, principalmente em regiões rurais com baixa conectividade. A falta de internet de qualidade limita o acesso a ferramentas digitais, exigindo investimentos em infraestrutura rural. 

No entanto, o cenário está mudando com a expansão do 4G e das redes via satélite, permitindo que cada vez mais produtores tenham acesso a soluções tecnológicas que antes eram exclusivas de grandes granjas.

 

 

sábado, 19 de abril de 2025

COMO CONSTRUIR INSTALAÇÕES EFICIENTES PARA SUÍNOS

 

A estrutura física influencia diretamente nos resultados zootécnicos e na economia de recursos, sendo um dos pilares do sucesso na suinocultura moderna.

 

Escolha adequada do local

O primeiro passo para uma pocilga eficiente é a escolha do local ideal. Deve ser um terreno plano, com boa drenagem e afastado de áreas residenciais e cursos d’água, respeitando as normas ambientais. 

Um bom posicionamento ajuda a evitar o acúmulo de resíduos, o surgimento de doenças e ainda garante conforto térmico aos animais. A ventilação natural e a incidência de luz solar também devem ser consideradas, pois influenciam diretamente na saúde e no bem-estar dos suínos.

 

 Estrutura e materiais de construção

A durabilidade e a funcionalidade da pocilga dependem dos materiais utilizados. As paredes devem ser feitas com blocos ou tijolos que facilitem a limpeza e resistam à umidade. O piso precisa ser impermeável, antiderrapante e com ligeira inclinação para facilitar a drenagem de resíduos. 

O telhado deve garantir proteção contra chuvas e sol forte, podendo ser feito com telhas de barro, fibrocimento ou metálicas, desde que haja boa circulação de ar. A altura da construção deve permitir ventilação cruzada, importante para manter o ambiente fresco e sem gases nocivos.

 

  Sistema de higiene e maneio de resíduos

Um dos aspectos mais importantes em uma pocilga moderna é o sistema de limpeza. O projeto deve incluir canais de escoamento de fezes e urina e áreas de fácil acesso para retirada de resíduos sólidos. 

A instalação de sistemas de manejo de dejetos, como biodigestores ou tanques de compostagem, pode transformar o resíduo em biofertilizante, agregando valor à atividade. Além disso, pisos com canaletas e a possibilidade de lavagem com jato d’água facilitam o manejo diário e reduzem riscos sanitários.

 

Dimensionamento e compartimentação dos espaços

O tamanho da pocilga deve considerar a quantidade de suínos por fase de produção: maternidade, creche, crescimento e terminação. Cada compartimento precisa de espaço suficiente para permitir movimentação, alimentação e descanso dos animais. 

O ideal é separar os suínos por idade e tamanho, evitando brigas e facilitando o controle sanitário. As baias devem conter comedouros e bebedouros acessíveis, com instalação de fácil manutenção. A ventilação e o controle da temperatura devem ser pensados conforme o clima da região e o tipo de criação. 


Sustentabilidade e eficiência energética

A adoção de práticas sustentáveis também deve fazer parte do projeto. A instalação de sistemas de captação de água da chuva, uso de painéis solares e reciclagem de resíduos pode reduzir custos a médio e longo prazo. 

O uso eficiente de recursos naturais torna a criação mais competitiva e alinhada às exigências ambientais e de mercado. Além disso, pensar em uma construção que possa ser expandida no futuro é uma estratégia inteligente para quem planeja crescer.


sexta-feira, 18 de abril de 2025

MENEIO REPRODUTIVO DOS SUINOS

 

Cobertura da porca

O sucesso da reprodução suína começa com o momento certo para a cobertura da porca. Para isso, é essencial identificar o cio com precisão. As fêmeas prontas para acasalamento apresentam sinais claros como inchaço e vermelhidão da vulva, inquietação e aceitação da monta. 

O uso do macho para detectar o cio, mesmo que seja apenas como estímulo, é uma prática eficaz nas granjas. A cobertura pode ser feita de forma natural, com a presença do reprodutor, ou por inseminação artificial, que permite maior controle genético e sanitário. Em ambos os casos, é fundamental que a porca esteja em boas condições corporais, livre de doenças e com nutrição adequada, para aumentar as chances de uma gestação saudável.

 

 Gestação: cuidados e bem-estar da fêmea

A gestação da porca dura em média 114 dias, ou seja, cerca de três meses, três semanas e três dias. Durante esse período, o manejo deve ser focado na manutenção da saúde da fêmea e no desenvolvimento dos fetos. Nas primeiras semanas, é importante evitar estresse e mudanças bruscas no ambiente. 

A alimentação deve ser balanceada, com controle rigoroso do peso da porca para evitar obesidade ou desnutrição. Nos últimos 30 dias, a porca pode ser transferida para a baia de maternidade, onde passará os dias finais da gestação e o momento do parto. 

A higiene do local e o conforto térmico são essenciais, pois influenciam diretamente na saúde dos leitões ao nascer.

 

 O parto: assistência e primeiros cuidados

O parto é uma fase crítica no manejo reprodutivo e exige atenção constante do criador. A porca costuma apresentar sinais como inquietação, respiração ofegante e busca por um canto para se deitar quando está prestes a parir. Embora o parto possa ocorrer sem intervenções, a assistência humana é recomendada para garantir que os leitões nasçam com segurança, evitando sufocamento ou esmagamento. 

Após o nascimento, é importante garantir que cada leitão mame o colostro nas primeiras horas de vida, pois ele é rico em anticorpos e nutrientes essenciais. A limpeza do cordão umbilical com iodo, o aquecimento adequado e a identificação dos leitões são práticas que ajudam a reduzir a mortalidade neonatal e melhorar o desempenho da leitegada.

CONTROLO DE DOENÇAS EM SUINOS - Práticas Essenciais de Biossegurança no Controle de Doenças em Suínos


🐖 A importância da biossegurança na suinocultura

O controle de doenças em suínos é um dos maiores desafios enfrentados por criadores, principalmente em ambientes de produção intensiva. A presença de enfermidades compromete o desempenho dos animais, aumenta os custos com medicamentos, reduz a qualidade da carne e pode até inviabilizar economicamente a atividade. Por isso, a adoção de práticas de biossegurança não é apenas uma recomendação técnica, mas uma exigência para garantir a sanidade do rebanho e a sustentabilidade do negócio. A biossegurança atua como uma barreira física e sanitária contra a entrada e disseminação de agentes infecciosos dentro da propriedade.


🚫 Prevenção começa nos portões: controle de entrada

Um dos pilares da biossegurança é o controle rigoroso da entrada de pessoas, veículos e animais na área de criação. Visitantes devem usar roupas e calçados específicos ou descartáveis, e preferencialmente tomar banho antes de entrar nas instalações. Veículos que transportam ração, insumos ou animais devem ser higienizados e desinfetados, pois podem carregar vírus e bactérias nas rodas e carrocerias. Além disso, a criação deve estar isolada de outras propriedades com suínos, aves ou animais silvestres, que podem servir como vetores de doenças.


🧹 Higiene e limpeza: uma rotina obrigatória

A limpeza constante das instalações, comedouros e bebedouros é uma das formas mais eficazes de controlar a proliferação de microrganismos. O uso de desinfetantes apropriados e a adoção de um cronograma de higienização evitam a contaminação cruzada entre diferentes lotes ou fases de produção. O manejo dos dejetos também deve ser feito com cuidado, evitando o acúmulo de resíduos e a formação de ambientes favoráveis ao surgimento de pragas e doenças. O ideal é que cada fase do animal – leitões, crescimento e terminação – tenha espaços separados e de uso exclusivo.


💉 Vacinação e quarentena: proteção ativa e passiva

Outro aspecto fundamental é a imunização preventiva. O calendário de vacinação deve ser seguido rigorosamente, com vacinas aplicadas nas fases corretas e por pessoal treinado. Isso aumenta a resistência dos animais a doenças comuns, como a peste suína clássica, a circovirose, a diarreia epidêmica suína e a doença de Glässer. Além disso, qualquer novo animal que entre no plantel deve passar por um período de quarentena, geralmente de 21 a 30 dias, para observação e realização de exames clínicos. Essa medida simples evita a introdução de doenças silenciosas, que podem se espalhar rapidamente entre os suínos saudáveis.


🧑‍⚕️ Monitoramento contínuo e assistência técnica

O acompanhamento diário do comportamento e da saúde dos suínos permite identificar rapidamente qualquer sinal de problema, como febre, tosse, perda de apetite ou diarreia. O diagnóstico precoce é crucial para evitar a propagação da doença e iniciar o tratamento adequado. Ter o apoio de um médico veterinário é indispensável, pois além de orientar sobre prevenção e tratamentos, ele ajuda na elaboração de um plano sanitário personalizado para a granja. A biossegurança, portanto, não é uma ação isolada, mas um conjunto de práticas que devem ser monitoradas e atualizadas constantemente.

domingo, 13 de abril de 2025

ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA PARA SUINOS


Uma alimentação equilibrada e específica para cada fase da vida do suíno é fundamental para o sucesso da suinocultura. Além de garantir a saúde e o crescimento adequado dos animais, a nutrição correta reduz custos, melhora o rendimento de carcaça e aumenta a rentabilidade da criação. 

 

 Crédito: Pequeno criador de Moçambique

sexta-feira, 11 de abril de 2025

ALIMENTAÇÃO DOS SUINOS

 


 A alimentação balanceada, ajustada a cada fase da vida do suíno, é um dos pilares mais importantes da suinocultura eficiente. Desde o cuidado com os leitões até a engorda final, o investimento em nutrição adequada retorna em forma de ganho de peso, saúde animal e qualidade da carne. Entender as necessidades nutricionais de cada etapa permite ao produtor otimizar recursos, reduzir perdas e garantir um produto final competitivo no mercado.

 

Fase inicial

A alimentação correta dos leitões é fundamental para garantir um bom desenvolvimento e prevenir doenças. Nos primeiros dias de vida, o colostro fornecido pela mãe é o único alimento necessário e vital, pois fornece imunidade e nutrientes essenciais. Após a primeira semana, inicia-se a introdução da ração pré-inicial, altamente digestível e rica em proteína, energia, minerais e vitaminas. Essa ração serve como transição do leite materno para a alimentação sólida e ajuda no desenvolvimento do sistema digestivo. Quanto mais bem alimentado for o leitão nessa fase, maiores serão suas chances de atingir um bom desempenho nas etapas seguintes da criação.


 

Fase de crescimento

A fase de crescimento inicia-se por volta das 8 semanas de idade e é marcada pelo rápido desenvolvimento muscular e ósseo dos suínos. A alimentação nesta etapa precisa ser rica em proteína de boa qualidade, como o farelo de soja, associada a fontes energéticas como milho, sorgo ou mandioca. Nessa fase, o consumo diário de ração aumenta progressivamente, e o criador deve estar atento à qualidade da água, ao balanceamento da dieta e à adaptação do trato digestivo dos animais. Uma dieta desequilibrada pode causar atraso no crescimento, aumento da conversão alimentar e perda de rentabilidade. Além disso, é importante garantir que a alimentação seja constante, com comedouros sempre abastecidos e limpos, para que o desempenho dos suínos não seja comprometido.


 

Fase de Terminação

Na fase de terminação, que geralmente ocorre dos 70 aos 150 dias de vida, os suínos estão focados no acúmulo de gordura e músculo. A dieta nesta fase deve priorizar o ganho de peso, com menor teor de proteína em relação às fases anteriores, mas com alta densidade energética. O uso de ingredientes como milho, farelo de arroz e gordura vegetal ajuda a aumentar a eficiência da engorda. Apesar da busca por rápido crescimento, o produtor deve manter o equilíbrio da dieta para evitar problemas metabólicos, excesso de gordura ou queda na qualidade da carne. É também nesta fase que o consumo de ração atinge o pico, exigindo maior atenção ao custo-benefício dos insumos utilizados. Um erro comum é cortar custos com alimentação nesse estágio, o que pode reduzir drasticamente o lucro final na venda do animal.


CARACTERISTICAS DAS PRINCIPAIS RAÇAS DOS SUINOS

Você sabia que escolher a raça certa pode fazer toda a diferença na suinocultura?
Cada raça tem suas vantagens, e a escolha certa depende do seu objetivo de produção, ambiente e nível de manejo. Continue assistindo e descubra qual raça combina melhor com a sua criação!Neste vídeo, vamos conhecer as principais raças de suínos criadas no mundo e suas características.

Crédito: Zoo em ação

quinta-feira, 10 de abril de 2025

PRINCIPAIS RAÇAS DE SUINOS

 Ao iniciar na suinocultura, uma das primeiras decisões que o produtor deve tomar é sobre qual raça de suíno criar. Essa escolha influencia diretamente na adaptação dos animais ao ambiente, no tipo de manejo, nos custos com alimentação e no retorno financeiro da atividade.

Raças de suínos: o que considerar?

As raças suínas se dividem, de forma geral, em três grupos: raças voltadas para a produção de carne magra, raças com maior deposição de gordura e raças mistas. 

Além disso, há raças especializadas para matrizes (fêmeas reprodutoras) e outras para terminação (engorda). Para o iniciante, o ideal é buscar animais que sejam rústicos, tenham bom ganho de peso, fácil manejo e se adaptem bem às condições locais, principalmente se a criação for em sistema semi-intensivo ou extensivo.

Principais raças comerciais

Large White 



Também conhecida como porco branco inglês, é uma das mais utilizadas na suinocultura moderna. É reconhecida por sua alta prolificidade, rápido ganho de peso e excelente rendimento de carcaça. Contudo, exige boa alimentação e manejo mais técnico, sendo mais indicada para produtores que contam com orientação técnica constante.


Hampshire



Sua aparência é caracterizada pela mescla de uma pelagem curta e preta com faixas de pelos brancos na altura das patas da frente. Sua carcaça apresenta boa qualidade para a produção de carne fresca.

Landrace 

 


 

 

 

 

 

 

 

De origem europeia, que se destaca pela boa conversão alimentar e por produzir fêmeas com boas qualidades maternas. Costuma ser usada em cruzamentos com o Large White para formar matrizes comerciais altamente produtivas.

 

Duroc 

 


 

 

 

 

 

 

 

Origem americana, é uma raça de crescimento rápido, musculatura desenvolvida e carne com boa marmorização. Sua rusticidade e resistência a doenças fazem dela uma excelente opção para ambientes menos controlados.

 

Landim

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Originária do Brasil, representa as chamadas raças rústicas ou nativas. É mais adaptada a condições extensivas, tolera variações de clima e alimentação, mas apresenta menor rendimento de carcaça em comparação às raças comerciais. Ainda assim, sua rusticidade é uma vantagem importante para iniciantes com estrutura mais simples.

 

👨‍🌾 Qual a melhor raça para iniciantes?

Para quem está começando na suinocultura com poucos recursos, a melhor opção geralmente está nas raças rústicas ou cruzadas. Animais mestiços entre raças comerciais (como Large White x Duroc ou landim) costumam apresentar o chamado "vigor híbrido", que proporciona boa resistência, crescimento equilibrado e menor exigência nutricional. Além disso, esses animais costumam ser mais baratos e acessíveis nos mercados locais.

 

quarta-feira, 9 de abril de 2025

COMO COMEÇAR A CRIAÇÃO DE SUINOS COM BAIXO INVESTIMENTO



🔰 Introdução

A suinocultura é uma das atividades mais promissoras para quem deseja empreender no campo com pouco capital inicial. Com uma boa planificação, conhecimento básico e uso de recursos locais, é possível iniciar a criação de porcos de forma econômica e, ao mesmo tempo, sustentável.

Neste artigo, vamos mostrar passo a passo como iniciar na suinocultura com baixo investimento, abordando os pontos essenciais para quem está começando.


 

🏠 1. Escolha do local: aproveite o que você já tem

Um dos principais custos da suinocultura é com as instalações. Para economizar, aproveite estruturas já existentes na propriedade, como galpões antigos, celeiros ou áreas cobertas que possam ser adaptadas para uso como pocilga.

Dicas:

 O local deve ser seco, ventilado e protegido de ventos fortes e enchentes. O ideal é que fique afastado da residência e de fontes de água potável, para evitar contaminações.


 

🧱 2. Construção simples da pocilga


 

Não é necessário construir uma pocilga sofisticado para começar. Um abrigo básico, com piso firme (barro batido ou cimento), cobertura de capim ou chapa de zinco, e cercado com madeira, pode ser suficiente para os primeiros animais.

Estrutura mínima necessária:

  •  Abrigo para sol e chuva
  • Comedouro e bebedouro simples (pode ser feito com baldes ou tambores reciclados)
  • Divisória para separar porcos maiores e menores

 

🐷 3. Comece pequeno: escolha poucos animais

O ideal é iniciar com 2 a 4 suínos, de preferência leitões com 2 a 3 meses de idade, pois são mais baratos e se adaptam melhor ao novo ambiente.

Dica: Dê preferência a raças rústicas ou cruzadas (ex: Large White x Landrace), que são mais resistentes e adaptadas à criação em sistemas semi-intensivos ou extensivos.


 

🌽 4. Alimentação

 

A ração é o maior custo da criação. Para reduzir gastos, utilize:

  • Subprodutos locais (farelo de milho, restos de mandioca, batata-doce)
  • Ração caseira balanceada, sempre com orientação técnica
  • Alimentos alternativos como hortaliças, frutas e sobras de cozinha (desde que estejam limpas e seguras)

 

💉 5. Cuidados básicos com a saúde

Mesmo em criações simples, os cuidados sanitários são fundamentais:

  •  Vermifugação a cada 3 meses
  • Acesso constante a água limpa
  • Vacinação básica (ex: peste suína, parvovirose)
  • Limpeza regular da pocilga

 

💰 6. Venda e retorno do investimento

Se bem manejados, os suínos podem atingir peso de abate entre 90 a 120 kg em 5 a 7 meses. Com planejamento, é possível reinvestir os lucros na ampliação do plantel ou melhoria das instalações.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Criação Gado Suino

 

Criação de Gado Suíno

 

Introdução

A suinocultura é uma actividade agropecuária de grande importância económica e social, desempenhando um papel fundamental no abastecimento de carne para o consumo humano. A criação de suínos é uma alternativa viável para pequenos, médios e grandes produtores, pois apresenta alto retorno económico, desde que seja conduzida com boas práticas de maneio, nutrição e sanidade.

 Suinocultura é o ramo da Zootecnia que se dedica à criação racional de suínos.

Num sistema intensivo, os animais são mantidos em confinamento, e recebem ração balanceada, práticas sanitárias e instalações apropriadas. Há também, neste sistema, a possibilidade de controle da ventilação, da temperatura e da umidade do ar. Há uma utilização de menor área para produção e exige um investimento elevado em instalações em relação aos demais sistemas. A alimentação de qualidade fornecida de forma balanceada de acordo com cada fase do animal garante excelentes índices produtivos e reprodutivos, juntamente com fatores como climatização e controle sanitário. Por ser um sistema com maior uso de tecnologias exige uma mão de obra especializada.

Este projecto visa a implantação de uma unidade de criação de gado suíno, enfatizando a eficiência produtiva, a sustentabilidade ambiental e o bem-estar animal, além de proporcionar um empreendimento economicamente viável e socialmente responsável.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Justificativa

A suinocultura tem um papel essencial na produção de proteína animal e no desenvolvimento socioeconómico das regiões rurais. O aumento da demanda por carne suína no mercado nacional e internacional cria oportunidades de negócios para os produtores. Além disso, a criação de suínos permite o aproveitamento de subprodutos agroindustriais, reduzindo desperdícios e contribuindo para a sustentabilidade ambiental. A adoção de boas práticas sanitárias e de maneio adequado possibilita a produção de carne suína com qualidade superior, garantindo a segurança alimentar dos consumidores. Assim, a implementação deste projecto justifica-se pela viabilidade técnica, económica e ambiental, além da contribuição para o desenvolvimento regional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Objectivo Geral

Implantar e desenvolver um sistema eficiente de criação de suínos, garantindo produção sustentável e economicamente viável de carne suína de qualidade, com foco na otimização de recursos, bem-estar animal e segurança alimentar.

 

Objectivos Específicos

Estruturar um sistema de produção moderno, eficiente e adequado à criação de suínos;

Garantir condições adequadas de manejo e bem-estar animal;

Implementar um plano nutricional balanceado para otimizar o crescimento e a saúde dos animais;

Adotar práticas sanitárias rigorosas para prevenção de doenças e garantir a segurança alimentar;

Desenvolver estratégias de comercialização e distribuição da produção, visando a ampliação do mercado e a rentabilidade do negócio;

Aplicar estratégias sustentáveis para redução de impactos ambientais, incluindo o reaproveitamento de dejetos para a produção de biogás e adubo orgânico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desenvolvimento

A criação de suínos exige infraestrutura adequada, como galpões ventilados, sistema de drenagem eficiente, áreas para alimentação e hidratação, além de espaço adequado para o desenvolvimento dos animais. O projecto deverá seguir os seguintes aspectos fundamentais:

Infraestrutura

Instalações adequadas para o conforto térmico e bem-estar animal;

Sistema de controle sanitário e maneio adequado de dejetos;

Espaço suficiente para a circulação e crescimento adequado dos animais;

Fornecimento adequado de água e alimento.

Ambiente: A adequada e rotineira limpeza das instalações (em especial pisos móveis ou fixos, vazados ou compactos, assim como canaletas) garante um ambiente mais apropriado aos suínos. Sempre que possível essa limpeza deve ser realizada a seco (com auxílio de pá, espátula, rodo e/ou vassoura), ou seja, sem uso de água durante os lotes, uma vez que impacta tanto no custo (consumo de energia) quanto nas questões ambientais (maior volume de dejetos a tratar), além de ser um recurso natural esgotável.

Instalações

A seleção da área para implantação de uma criação de animais exige uma necessidade de estudo da área a fim de fornecer dados que contribuam com sua escolha. As informações desde o clima do local quanto ao mercado consumidor são de grande relevância neste momento.

Em relação à infraestrutura, deve-se levar em conta o abastecimento de energia na região, o estado das estradas por onde passarão os insumos nos caminhões de transporte, o fornecimento de água em quantidade e qualidade e sempre considerar os períodos de estiagem e os meios de comunicação como telefones e acesso à internet.

A escolha de terrenos planos reduz o custo com terraplanagem e a declividade existente entre o local das instalações e as lagoas de dejetos, e destas para as terras onde será distribuído o dejeto pode garantir a economia na hora da distribuição dos dejetos. O solo deve ser de boa drenagem e o espaço físico escolhido deve alocar todos os barracões, com espaço de 20 m entre eles e permitir também futuras instalações. É recomendável aproveitar os ventos predominantes da região, ventilação natural ameniza o calor e renova o ar. É fundamental a redução da incidência das radiações solares dentro da instalação. Os barracões devem ser construídos com o seu eixo longitudinal orientado no sentido Leste-Oeste com desvio máximo de 15º. Nessa posição, a sombra incidirá embaixo da cobertura nas horas mais quentes do dia e a carga térmica recebida pela instalação será a menor possível.





Maneio e Nutrição

Alimentação balanceada e adaptada às fases de crescimento dos suínos;

Uso de rações de alta qualidade e suplementos vitamínicos quando necessário;

Monitoramento constante do peso e saúde dos animais;

Adoção de boas práticas de maneio para evitar estresse e perdas.

Alimentação Uma ração balanceada e específica para esta fase e cada categoria (leitoa, porca, macho) deve ser fornecida nas quantidades e frequência preconizadas por nutricionista. A água deve estar disponível constantemente. Quando na forma de chupeta individual (para machos e fêmeas), a vazão mínima deve ser de 2,0l/min. Quando em baias coletivas (fêmeas), deve-se posicionar o bebedouro na altura correta de cinco a 10cm acima da linha do dorso dos animais. A proporção é de uma chupeta para cada 10 porcas. Há diferentes sistemas para o alojamento das matrizes na gestação, podendo ser utilizado sistemas como: cela (gaiola) de gestação individual, sistema misto cela (gaiola) e baia, sistema de baias coletivas com alimentação no chão ou comedouros e baias coletivas com estação de alimentação.


Sanidade e Bem-Estar Animal

Programa de vacinação e controle de doenças;

Acompanhamento veterinário constante;

Medidas de biossegurança para evitar contaminações cruzadas;

Adoção de boas práticas para reduzir impactos ambientais e garantir sustentabilidade.

Espaço densidade A densidade no setor de reprodução é de 2,5m2 / animal para porcas em baia coletiva e de 1,8m2 / animal para leitoas. Para os machos reprodutores em baia, 6,0m2 /animal

 


Comercialização e Sustentabilidade

Desenvolvimento de parcerias com frigoríficos e mercados consumidores;

Adoção de estratégias de marketing para valorização do produto;

Implementação de práticas sustentáveis para aproveitamento de dejetos na produção de biogás e fertilizantes orgânicos.





Sistema de Produção Criação Extensiva Criação Confinada Sistema Intensivo de Suínos

Questionário

1.       Qual a diferença entre granja de suínos e sistema de produção de suínos?

R: Granja de suínos é a propriedade onde se pratica a produção de suínos. Sistema de produção de suínos é o conjunto inter-relacionado e organizado de processos para cumprir o objetivo básico que é a produção de suínos.

2.      Quais os componentes de um sistema de produção?

R: Os componentes que fazem parte de um sistema de produção. O produtor, as instalações, os animais, o alimento e a água, o manejo e os contaminantes compõem o ecossistema do suíno. Para atingir bons níveis de produção, é necessário que todos os componentes do ecossistema do suíno estejam em harmonia, isto é, não pode ocorrer desequilíbrio entre eles. Por exemplo, numa granja com boas instalações, bons animais, boa alimentação e bom manejo, mas com má qualidade de higiene, ocorre um desequilíbrio no sistema, pois muitos microrganismos podem favorecer a ocorrência de diferentes doenças. O ecossistema dos suínos é dinâmico e possui um grupo de exigências mínimas que devem ser atendidas para que se atinjam resultados desejados.

3.      Que características deve ter quem trata dos suínos?

 R: Gostar da atividade suinícola.

• Aceitar e seguir as recomendações técnicas sobre a criação.

• Ser dedicado para atingir metas pré-estabelecidas.

4.      Quais os locais mais indicados para compra de matrizes para iniciar uma criação?

R: Granjas idôneas, livres de problemas sanitários e que trabalhem especificamente com material genético de alta qualidade.

5.      Que regiões possuem clima adequado à criação de suínos?

R: É possível a criação de suínos em todas as regiões, desde que respeitada a faixa de conforto do animal por fase, isto é, adaptando se as construções às condições de conforto térmico, evitando-se alterações climáticas desfavoráveis e alterando-se outras a fim de se obter o conforto desejado.

6.      Quem é o responsável por uma criação de suínos?

R: O proprietário. A relação entre o proprietário e as actividades desenvolvidas no sistema de produção de suínos. O comportamento do proprietário explica em grande parte, os bons e maus resultados do desempenho de um sistema de produção de suínos.

7.      Como deve ser a organização das fases produtivas na instalação?

R: Quando o sistema a organização deve-se obedecer à seguinte sequência:

No período final da gestação, as fêmeas devem ser conduzidas para a maternidade, retornando para a área de cobrição/gestação por ocasião do desmame. Os leitões seguem para a creche, crescimento e terminação, mantendo-se, assim, um fluxo racional dos animais dentro das edificações. Em sistema de produção com mais de 60 matrizes, devem-se instalar as fases produtivas em prédios separados. A separação deve seguir uma sequência lógica: de um lado, prédio com animais reprodutores do plantel; no centro, prédio de maternidade e creche; do outro lado, prédio com animais em crescimento e terminação.

8.      Quais os critérios para classificar o produtor em pequeno, médio e grande?

R: A classificação é feita com base no número de fêmeas criadeiras (matrizes) por produtor. Suínos e Aves usam se a seguinte classificação: Pequeno - Produtor com número de matrizes inferior a 21. Médio - Produtor com número de matrizes entre 21 e 100. Grande - Produtor com mais de 100 matrizes.

9.       Por que é preciso fazer o registro de produção?

R: O sucesso de um sistema de produção de suínos é medido pelo lucro, que é determinado pela maneira como o sistema é conduzido, tanto nos aspectos financeiros como de produção. Por isso, é indispensável manter registros para se estabelecer o perfil técnico e econômico da produção. A única forma de se conhecer a lucratividade de uma criação é pela análise crítica dos registros de produção, que permitem identificar problemas de desenvolvimento, apontar pontos fracos no sistema de produção, acompanhar o estado de saúde do rebanho, identificar os principais custos e fornecer informações para diagnóstico.



Conclusão

O projecto de criação de gado suíno apresenta grande potencial económico e social, contribuindo para a geração de empregos, produção de alimentos e desenvolvimento regional. A adoção de boas práticas de manejo, nutrição e sanidade será fundamental para garantir a rentabilidade e sustentabilidade do empreendimento. Com um planeamento adequado e a utilização de tecnologias modernas, é possível garantir uma produção eficiente, segura e ambientalmente responsável.

 

Referencias Bibliografia

EMBRAPA Suínos e Aves. Manual de boas práticas na suinocultura

MARTINS, F. Produção Sustentável de Suínos. Editora Agropecuária, 2020.

SILVA, J. R. Criação de Suínos: Manejo e Sanidade. Editora Rural, 2018.

 VELONI, Mariana et al. Bem-estar animal aplicado nas criações de suínos e suas implicações na saúde dos rebanhos. Revista Científica Eletrônica de medicina Veterinária, v. 21, n. 1, p. 1-21, 2015

SOUZA, Cecília de F., TINOCO, Ilda de F. F., SARTOR, Valmir. Informações Básicas para Projetos de Construções Rurais. Universidade Federal de Viçosa. Minas Gerais, 2003.

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